segunda-feira, 21 de junho de 2010

Agora não, Bernardo.


- Oi pai (disse o Bernardo) – (O pai está pregando um prego na parede)
- Agora não Bernardo (disse o pai enquanto martela o dedo.Nem olha para Bernardo. Bernardo vira as costas e sai).
- Oi mãe (disse o Bernardo para mãe que está arrumando as louças num armário da cozinha, nem olha para Bernardo).
- Agora não Bernardo (Disse a mãe lavando louças, sem olhar para Bernardo. Bernardo esfrega o queixo pensativo).
- Tem um monstro no jardim e ele vai me devorar – (disse o Bernardo para a mãe que está na sala regando uma planta. Bernardo aponta para o jardim).
- Agora não Bernardo – (disse a mãe sem olhar para Bernardo. Bernardo fica parado pensando).
(Bernardo foi para o jardim)
- Oi monstro – (Bernardo disse para o monstro. O monstro olha para Bernardo).
(O monstro devorou o Bernardo inteirinho, pedacinho por pedacinho, monstro se lambe e mostra o tênis do Bernardo).
(Monstro entra em casa)
“Ruarrrrrr, fez o monstro por trás da mãe de Bernardo”.
(a mãe está pintando uma parede)
- Agora não Bernardo – (disse a mãe sem olhar para o monstro. O monstro faz uma cara de assustado).
Monstro vai até a sala e morde a perna do pai de Bernardo que está lendo um jornal.
(O monstro mordeu o pai do Bernardo)
- Agora não Bernardo – (disse o pai de Bernardo, com raiva e sem olhar para o monstro).
- Seu jantar está pronto – (disse a mãe do Bernardo, segurando um prato de comida. Ela o coloca na frente da TV).
A mãe sai.
(O monstro jantou, depois viu televisão, leu uma revistinha e quebrou um brinquedo dele. A mãe está ao telefone conversando com uma amiga).
- Vá para a cama. Já deixei seu leite no quarto – (gritou a mãe de Bernardo.
(Monstro segura um ursinho e vai para o quarto).
- Mas eu sou um monstro! – (disse o monstro, já sentado na cama, com o copo de leite e o ursinho ao seu lado).
( A mãe do Bernardo apaga a luz do quarto e diz:)

- Agora não Bernardo.

FIM

Adaptação do livro "Agora Não Bernardo" de David Mckee
por Vera Stefanello

domingo, 20 de junho de 2010

Teoria Humanista


Proposta
Esta teoria apresenta a aprendizagem centrada no aluno, sua pratica vem da psicoterapia, nela o ser humano é visto como essencialmente bom, e em cada individuo existe um núcleo positivo que é o valor pessoal. O ser humano é visto como mais que um organismo biológico, ele um ser que pensa, sente, escolhe, decide, tem capacidade de mudar, por esse motivo que a educação tem que ter essas características e focar o processo nas necessidades do aluno.

Principal Representante
Carl Rogers nasceu em Chicago, em 1902. Formou-se em História e Psicologia, aplicando os princípios da Psicologia Clínica à educação. Suas idéias chegaram ao Brasil na década de 70, em confronto direto com o ideal behaviorista.

Teoria Cognitiva


Proposta
Esta teoria explica o desenvolvimento cognitivo humano onde o conhecimento se constrói através de experiências e é divido em quatro fases: sensório-motor, que dura no nascimento até o segundo ano de vida; pré-operatório, que vai dos dois anos até os sete; Operatório concreto, dos sete aos 11 anos; e Operatório formal, acontece A partir dos 12 anos de idade.

Principal Representante
Jean Piaget (Neuchatel, 09 de agosto de 1896 — Genebra, 16 de setembro de 1980) estudou inicialmente biologia, na Suíça, e posteriormente se dedicou à área de Psicologia, Epistemologia e Educação.

Teoria Sócio-interacionismo


Proposta
Nesse estudo o desenvolvimento é impulsinado pela linguagem, nesse processo é que gera e promove o desenvevolvimento das estrututas mentais superiores e a interação tem um papel determinante, a troca através da comunicação que acontece entre a criança e o adulto.

Principal Representante
Lev S. Vygotsky (1896-1934) , professor e pesquisador foi contemporâneo de Piaget, e nasceu em Orsha, pequena cidade da Bielorrusia em 17 de novembro de 1896,  viveu na Rússia, quando morreu, de tuberculose, tinha 37 anos.

Teoria Conexionista


Proposta
Esta teoria vê a mente com perspectivas computacional, e descreve o processo cognitivo semelhante ao de um computador - os dados que alimentam a mente (input ou dados de entrada), seu processamento (dados ocultos) e o produto ou output (dados de saída). Essa teoria rejeita que a linguagem seja uma faculdade inata, ela defende assim como behaviorismo que defende que a aprendizagem é fruto de associação entre as informações.

Principal Representante
Santiago Ramón y Cajal (Petilla de Aragón, 1 de maio de 1852 — Madrid, 17/18 de outubro de 1934) foi um Médico e Histologista espanhol. Recebeu o Nobel de de Fisiologia ou Medician de 1906

Teoria Behaviorista


Proposta
Uma teoria muito encontrada no âmbito escolar, quando a pratica do ensino repetitivo é empregada, ela consiste em reproduzir com pouca reflexão, o educador não é visto como um ser atuante. Para se sustentar este modelo pedagógico são apresentados exercícios prontos, acabados e com um sentido único.

Principal Representante
Burrhus Frederic Skinner nasceu em 20 de março de 1904 na cidade de Susquehanna na Pensilvânia. Graduou-se em Psicologia em 1930 e terminou seu doutorado em 1931. Trabalhou na Universidade de Minesota e quando ingressou em Harvard influenciou toda uma geração de estudantes

Teoria do Construtivismo


Proposta
A teoria do construtivismo aponta que a criança constrói a linguagem através da interação com o mundo físico e esse processo acontece por meio de estágios. Essa teoria tem uma postura epistemológica que mostra o conhecimento como uma interação do sujeito com o objeto.

Principal Representante
Émile Durkheim (15/04/1858 - Paris, 15/11/1917) é considerado um dos pais da sociologia moderna. Fundador da escola francesa de sociologia, posterior a Marx, que combinava a pesquisa empírica com a teoria sociológica. É reconhecido amplamente como um dos melhores teóricos do conceito da Coesão Social.

Teoria do Apriorismo


Proposta
A proposta da Teoria do Apriorismo considera que o individuo, traz com ele as condições do conhecimento e da aprendizagem, isso se manifestará imediatamente ou progressivamente através de um amadurecimento. Uma teoria que não é diretiva, e difícil de colocar em pratica e não muito fácil de detectar em sala de aula.

Principal Representante
Immanuel Kant ou Emanuel Kant (Königsberg, 22 de Abril de 1724 — Königsberg, 12 de Fevereiro de 1804) foi um filósofo alemão, geralmente considerado como o último grande filósofo dos princípios da era moderna, indiscutivelmente um dos seus pensadores mais influentes.

Teoria Emperista



Proposta
Na Teoria empirista a uma fonte de conhecimento que o ser humano tem é a experiência que ele adquire no meio físico mediado pelos sentidos, tudo que se aprende é através dos nossos sentidos. Esta Teoria aponta a experiência como algo que se impõe sem a necessidade de uma interferência orgânica.

Principal Representante
Ivan Petrovich Pavlov (língua russa: Иван Петрович Павлов) (14 de Setembro de 1849 - 27 de Fevereiro de 1936) foi um fisiólogo russo premiado com o Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1904 por suas descobertas sobre os processos digestivos de animais.

Teorias de Aprendizagem na Aquisição de Linguagem


Teorias de Aprendizagem são os diversos modelos que visam explicar o processo de aprendizagem pelo individuo tanto em Psicologia quanto em Educação.
Desde a Grécia antiga é formulada várias teorias sobre aprendizagem, mas as mais usadas hoje em dia é a Teoria Cognitiva de Jean Piaget e a Teoria Sócio-interacionismo de Lev Vygotsky, no entanto não são as únicas, além delas existem a Teoria Empirista, Teoria do Apriorismo, Teoria do construtivismo, Teoria do Behaviorista, Teoria do conexionismo, Teoria humanista, entre outras.
Muitas destas teorias nos direcionam a aquisição da linguagem, conhecê-las é um passo importante para melhor interpretar as linguagens, pois ela é a primeiro passo da socialização.
Destacar uma teoria como a principal acaba sendo um pouco equivocada, pois em cada momento do conhecimento podemos ver uma delas, claro que em cada uma de nós temos uma teoria com base para nossos ensinamentos, mas vale ressaltar que mesmo quem tem uma característica totalmente Construtivista, por exemplo, uma vez ou outra emprega a Teoria Behaviorista em suas aulas.
Como cada indivíduo tem sua maneira de aprender, e é constituído de inteligências diferentes, cabe ao professor ter sua teoria para seguir como base, mas é necessário saber adaptar outras teorias quando sentir a necessidade especifica do aluno. Já vimos alunos que só aprende se tiver uma aula prática, outros somente com uma simples leitura, outros ainda só conseguem aprender se decorarem determinados assuntos.
Como a aprendizagem é um processo que podemos definir como a maneira de adquirir novos conhecimentos, mudar o comportamento e desenvolver habilidades.
Aprendizagem em grupo sempre causa algumas dúvidas em relação ao nosso desempenho tanto em assimilar o conhecimento quanto em se relacionar com os demais integrantes do grupo, isso acontece porque chegamos cheio de expectativas em se integrar com o grupo.

Sueli Lopes Martins
Psicopedagoga

sábado, 19 de junho de 2010

A diferença entre Didática e Metodologia.


Didática e Metodologia

Tanto a Didática como a Metodologia estudam os métodos de ensino. Há, no entanto, diferença quanto ao ponto de vista de cada uma.
A Metodologia estuda os métodos de ensino, classificando-os e descrevendo-os sem fazer juízo de valor.
A Didática, por sua vez, faz um julgamento ou uma crítica do valor dos métodos de ensino.
Podemos dizer que a Metodologia nos dá juízos de realidade, e a Didática nos dá juízos de valor. Juízos de realidade são juízos descritivos e constitativos. Exemplos:
• Dois mais dois são quatro.
• Acham-se presentes na sala 50 alunos.
Juízos de valor são juízos que estabelecem valores ou normas. Exemplos:
• A democracia é a melhor forma de governo.
• Os velhos merecem nosso respeito.
A partir dessa diferenciação, concluímos que podemos ser metodologistas sem sermos didáticos, mas não podemos ser didáticos sem sermos metodologistas, pois não podemos julgar sem conhecer. Por isso, o estudo da Metodologia é importante por uma razão muito simples: para escolher o método mais adequado de ensino precisamos conhecer os métodos existentes.(Piletti, 1995)

A partir dos conceitos de Piletti podemos constatar também que metodologia é o "método como o ensino será aplicado", já a Didática é o "para que este ensino será utilizado", como exemplo é podemos utilizar o ensino superior que tem como didática o objetivo de capacitar os alunos para o mercado de trabalho e já a metodologia será utilizar aulas práticas.

Por Sueli Lopes Martins

Referencias bibliográficas
PILETTI, Claudino. Didática Geral. 18ª ed. São Paulo: Ática, 1995. p. 43.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O que é Psicomotricidade?


PSICOMOTRICIDADE

A psicomotricidade, nos seus primórdios, compreendia o corpo nos seus aspectos neurofisiológicos, anatômicos e locomotores, coordenando-se e sincronizando-se no espaço e no tempo, para emitir e receber significados. Hoje, ela é o relacionar-se através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. Está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente, e uma pessoa com problemas motores passa a apresentar problemas de expressão. A psicomotricidade conquistou, assim, uma expressão significativa, já que se traduz em solidariedade profunda e original entre o pensamento e a atividade motora. Vitor da Fonseca (1988) comenta que a psicomotricidade é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio. É um instrumento privilegiado através do qual a consciência se forma e se materializa.
Diversos autores apresentaram conceitos relacionados à psicomotricidade. Para Vayer (1986), a educação psicomotora é uma ação pedagógica e psicológica que utiliza os meios da educação física com o fim de normalizar ou melhorar o comportamento da criança.

Segundo Coste (1978), é a ciência encruzilhada, onde se cruzam e se encontram múltiplos pontos de vista biológicos, psicológicos, psicanalíticos, sociológicos e lingüísticos.

Para Jean de Ajuriaguerra (1970), é a ciência do pensamento através do corpo preciso, econômico e harmonioso.

E Barreto (2000) afirma que é a integração do indivíduo, utilizando, para isso, o movimento e levando em consideração os aspectos relacionais ou afetivos, cognitivos e motrizes. É a educação pelo movimento consciente, visando melhorar a eficiência e diminuir o gasto energético.

Sueli Lopes Martins
Psicopedagoga
Artigo retirado da monografia:
Educação Física Infantil - Sua influência na vida adulta


Sueli disse...
Referencias bibliográficas

FONSECA, Vitor. Psicomotricidade. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1988.

VAYER, Pierre. A criança diante do mundo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.

BARRETO, Sidirley de Jesús. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2. ed. Blumenau: Livraria Acadêmica, 2000.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Psicopedagogia


A importância da Psicopedagogia

Por Sueli Lopes Martins
Psicopedagoga


A psicopedagogia é uma área criada para atender em sua grande maioria crianças, que por algum motivo tem dificuldades em aprender. Ela é voltada para a aprendizagem humana e pra todo individuo em processo de aprendizagem.
O psicopedagogo é um profissional que previne e trata das dificuldades de aprendizagem. Ele pode atuar em clínicas, instituições escolares, hospitais, empresas e em campo de pesquisa. O objeto de estudo da psicopedagogia é o ser cognoscente que precisa superar sua dificuldade de aprendizagem.
Inicialmente a psicopedagogia tinha o objetivo de fazer a reeducação das crianças portadoras de dificuldades, devido alguma deficiência, hoje um psicopedagogo é capacitado para atuar em todos os níveis da aprendizagem humana e não só em relação a problemas de aprendizagem. Ela pode ser trabalhada em três situações diferentes, como na psicopedagogia clinica, a preventiva e a da pesquisa cientifica.
Na piscopedagogia clinica, o trabalho é feito com o objetivo de resolver a dificuldade existente na aprendizagem, onde existe a intenção de cura, ou seja, resolução do problema desenvolvendo na pessoa com dificuldade, o desejo de aprender, mostrando suas capacidades.
A psicopedagogia preventiva tem como meta aperfeiçoar as práticas educativas, mostrando novas maneiras de se ensinar e que cada um tem uma forma de aprender, isso facilita o processo de aprendizagem, diminuindo ou até mesmo acabando com os problemas.
A pesquisa cientifica na psicopedagogia contribui para fortalecer e aperfeiçoar os trabalhos desenvolvidos junto às crianças e aos jovens, formando adultos mais capazes e até mesmo reeducando jovens desviados.
No Brasil a psicopedagogia esta se desenvolvendo rapidamente, o campo de atuação deste profissional fica cada vez maior. Cresce a cada dia o numero de instituições escolares que tomam consciência da necessidade deste profissional na formação de seus estudantes. Trabalhando efetivamente o psicopedagogo ouve e discutem os assuntos da escola, como a metodologia e as estratégias de ensino, sugere mudanças, promove uma interação entres todos os envolvidos no processo de aprendizagem, como os alunos, os professores e até familiares e funcionários.
Empresas também se conscientizam desta importância e abre portas para este profissional atuar no treinamento e desenvolvimento, sugerindo e coordenando cursos de atualização e melhorando as relações interpessoais.
Em instituições de saúde, o psicopedagogo atende paciente com o intuito de diminuir as perdas e os impactos causados pela doença, auxiliando no trabalho psicológico.
O campo de atuação da psicopedagogia é muito amplo, mas também muito complexo, pois exige no profissional conhecimentos interdisciplinares, além de constante atualização, para ser capaz de atuar ativamente e de forma eficaz em todos os níveis do processo de aprendizagem.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Depressão infantil


Depressão infantil é difícil de ser identificada

Cássia Gisele Ribeiro

"Professores e pais revelam dificuldades para identificar, de maneira precoce, quando uma criança apresenta sintomas de um processo de depressão infantil". A afirmação é de Miriam Cruvinel, que tratou do tema em sua dissertação de mestrado: Depressão infantil, rendimento escolar e estratégias de aprendizagem em alunos do ensino fundamental, realizada na Faculdade de Educação da Unicamp.

"Reconhecer os sintomas depressivos nas crianças tem sido uma tarefa difícil para os pais e professores, dada a sua similaridade com outras dificuldades como, hiperatividade, distúrbio de conduta, agressividade e indisciplina", afirma Miriam. A pesquisadora alerta que a dificuldade em identificar os sintomas depressivos retarda e impede um tratamento, agravando o problema.

O estudo contou com dois objetivos principais: conhecer a prevalência de sintomas de depressão em alunos de uma escola municipal e investigar a existência de relação entre sintomas depressivos, estratégias de aprendizagem e rendimento escolar dos alunos.

Inicialmente, foram levantadas informações a respeito do assunto mediante consulta a artigos, livros, participação em eventos científicos e contato com profissionais que já haviam trabalhado com a depressão na infância. Após se inteirar do tema, foi feito o primeiro contato com uma escola municipal de Campinas. Os alunos que participaram da pesquisa foram avaliados por meio de entrevistas e questionários propostos, além de uma avaliação de desempenho escolar de cada um deles.

Durante o levantamento, a psicóloga verificou a forte relação existente entre os fatores emocionais e o processo de aprendizagem. "Estas duas variáveis caminham juntas, uma interferindo na outra. Assim, uma criança com problemas escolares freqüentemente apresenta dificuldades de comportamento. E o inverso também é verdadeiro, uma criança com problemas emocionais, como a depressão, também pode apresentar dificuldades escolares", afirma a pesquisadora. "Nesse caso, os problemas escolares estariam atuando como uma possível expressão da depressão ", diz.

Para a psicóloga, esses dados revelam a importância do pensamento de uma criança diante dos eventos de sua vida e frente às situações acadêmicas. Afinal, certamente afetarão suas expectativas, a motivação para aprender, seu comportamento em sala de aula e a realização de tarefas.

Cerca de 3,5% dos alunos que participaram da pesquisa apresentaram sintomas da doença. "A prevalência encontrada é expressiva e indica que, de fato, a depressão está presente na infância", diz Miriam. Segundo ela, apesar da ausência de relação significativa, as meninas e os alunos repetentes apresentaram mais sintomas da doença.

Segundo Miriam, os principais sintomas de depressão são: o humor deprimido, falta de interesse nas atividades diárias, alteração de sono e apetite, falta de energia, sentimento de inutilidade, dificuldade para se concentrar, pensamentos ou tentativas de suicídio. No entanto, a psicóloga afirma que para o diagnóstico de um episódio depressivo é necessário que o indivíduo apresente pelo menos cinco dos sintomas citados, sendo que um deles deve ser o humor deprimido ou falta de interesse.

No entanto, a pesquisadora conta que esses sintomas podem variar: "É freqüente que uma criança apresente um humor irritável em vez de tristeza e melancolia. É comum o adolescente sentir tédio e sensação de vazio em vez de humor deprimido", explica.

A pesquisadora explica que já existem métodos eficazes para o tratamento a depressão infantil. Normalmente, o tratamento é realizado por uma psicoterapia, que trabalha não só a criança, mas também toda a família. Dificilmente é indicada alguma medicação.

Bullying


BULLYING

Você sabe o que é Bullying? Bem, Bullying é uma discriminação, feita em escolas por algumas pessoas contra uma única pessoa. Mas não é uma coisa simples, que se pode vencer de um dia para o outro. Bullying é um mal que se carrega durante um período da vida muitíssimo grande. Quando alguém diz que seu cabelo está estranho, você provavelmente vai correndo para o espelho mais próximo para se arrumar. Agora imagina duas, três, dez pessoas, todo o dia, falando mal do seu cabelo, de coisas que você não tem culpa por ter ou muitas vezes por não ter. Sim, isso seria completamente insuportável, quer dizer, sua alto estima fica lá embaixo, e os malvados causadores do Bullying seriam os heróis. O que você faria? Se mataria? Sim, existem crianças que se suicidam, mas não com a idéia de que a vida delas é uma droga, e, sim, de que eu vou morrer porque sou feia e tudo que eles dizem é verdade. Fonte: http://www.plenarinho.gov.br/seu_espaco/seja-xereta/quem-ja-participou/Bullying-um-joguinho-sem-fim

Apelidos como "rolha de poço", "baleia", "quatro olhos" e atitudes como chutes, empurrões e puxões de cabelo são comportamentos típicos de alunos em sala de aula. Brincadeiras próprias da idade? Não. São atos agressivos, intencionais e repetitivos, que ocorrem sem motivação evidente e que caracterizam o chamado fenômeno bullying.
Fonte: http://jornaldocentraoced02.blogspot.com/2006/06/Bullying-brincadeira-sem-graa.html

segunda-feira, 7 de junho de 2010

A Participação da Família e da Escola na Educação da Criança






A família e a escola formam uma equipe. É fundamental que ambas sigam os mesmos princípios e critérios, bem como a mesma direção em relação aos objetivos que desejam atingir. 
Ressalta-se que mesmo tendo objetivos em comum, cada uma deve fazer sua parte para que atinja o caminho do sucesso, que visa conduzir crianças e jovens a um futuro melhor.
O ideal é que família e escola tracem as mesmas metas de forma simultânea, propiciando ao aluno uma segurança na aprendizagem de forma que venha criar cidadãos críticos capazes de enfrentar a complexidade de situações que surgem na sociedade.
Existem diversas contribuições que tanto a família quanto a escola podem oferecer, propiciando o desenvolvimento pleno respectivamente dos seus filhos e dos seus alunos. Alguns critérios devem ser considerados como prioridade para ambas as partes. Como sugestões seguem abaixo alguns deles:

Família
• Selecionar a escola baseado em critérios que lhe garanta a confiança da forma como a escola procede diante de situações importantes;
• Dialogar com o filho o conteúdo que está vivenciando na escola;
• Cumprir as regras estabelecidas pela escola de forma consciente e espontânea;
• Deixar o filho a resolver por si só determinados problemas que venham a surgir no ambiente escolar, em especial na questão de socialização;
• Valorizar o contato com a escola, principalmente nas reuniões e entrega de resultados, podendo se informar das dificuldades apresentadas pelo seu filho, bem como seu desempenho.

Escola
• Cumprir a proposta pedagógica apresentada para os pais, sendo coerente nos procedimentos e atitudes do dia-a-dia;
• Propiciar ao aluno liberdade para manifestar-se na comunidade escolar, de forma que seja considerado como elemento principal do processo educativo;
• Receber os pais com prazer, marcando reuniões periódicas, esclarecendo o desempenho do aluno e principalmente exercendo o papel de orientadora mediante as possíveis situações que possam vir a necessitar de ajuda;
• Abrir as portas da escola para os pais, fazendo com que eles se sintam à vontade para participar de atividades culturais, esportivas, entre outras que a escola oferecer, aproximando o contato entre família-escola;
• É de extrema importância que a escola mantenha professores e recursos atualizados, propiciando uma boa administração de forma que ofereça um ensino de qualidade para seus alunos.

A parceria da família com a escola sempre será fundamental para o sucesso da educação de todo indivíduo. Portanto, pais e educadores necessitam ser grandes e fiéis companheiros nessa nobre caminhada da formação educacional do ser humano.


Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

domingo, 6 de junho de 2010

História da Educação


Duas instituições educativas, em particular, sofreram uma profunda redefinição e reorganização na Modernidade: a família e a escola, que se tornaram cada vez mais centrais na experiência formativa dos indivíduos e na própria reprodução (cultural, ideológica e profissional) da sociedade. As duas instituições chegaram a cobrir todo o arco da infância – adolescência, como “locais” destinados à formação das jovens gerações, segundo um modelo socialmente aprovado e definido.

A família, objeto de uma retomada como núcleo de afetos e animada pelo “sentimento da infância”, que fazia cada vez mais da criança o centro-motor da vida familiar, elaborava um sistema de cuidados e de controles da mesma criança, que tendiam a conformá-la a um ideal, mas também a valorizá-la como mito, um mito de espontaneidade e de inocência, embora às vezes obscurecido por crueldade, agressividade etc. Os pais não se contentavam mais em apenas pôr filhos no mundo. A moral da época impõe que se dê a todos os filhos, não só ao primogênito, e no fim dos anos seiscentos também as filhas, uma preparação para a vida. A tarefa de assegurar tal afirmação é atribuída à escola.
Ao lado da família, à escola: uma escola que instruía e que formava que ensinava conhecimentos, mas também comportamentos, que se articulava em torno da didática, da racionalização da aprendizagem dos diversos saberes, e em torno da disciplina, da conformação programada e das práticas repressivas (constritivas, mas por isso produtoras de novos comportamentos). Mas, sobretudo, uma escola que reorganizava suas próprias finalidades e seus meios específicos. Uma escola não mais sem graduação na qual se ensinavam as mesmas coisas a todos e segundo processos de tipo adulto, não mais caracterizada pela “promiscuidade das diversas idades” e, portanto, por uma forte incapacidade educativa, por uma rebeldia endêmica por causa da ação dos maiores sobre os menores e , ainda, marcadas pela “liberdade dos estudantes”, sem disciplina interna e externa. Com a instituição do colégio (no século XVI), porém, teve início um processo de reorganização disciplinar da escola e de racionalização e controle de ensino, através da elaboração de métodos de ensino/educação – o mais célebre foi a Ratio studiorum dos jesuítas – que fixavam um programa minucioso de estudo e de comportamento, o qual tinha ao centro a disciplina, o internato e as “classes de idade”, além da graduação do ensino/aprendizagem.

Também é dessa época a descoberta da disciplina: uma disciplina constante e orgânica, muito diferente da violência e autoridade não respeitada. A disciplina escolar teve raízes na disciplina religiosa; era menos instrumento de exercício que de aperfeiçoamento moral e espiritual, era buscada pela sua eficácia, como condição necessária do trabalho em comum, mas também por seu valor próprio de edificação. Enfim, a escola ritualizava o momento do exame atribuindo-lhe o papel crucial no trabalho escolar. O exame era o momento em que o sujeito era submetido ao controle máximo, mas de modo impessoal: mediante o controle do seu saber. Na realidade, o exame agia, sobretudo como instrumento disciplinar, de controle do sujeito, como instrumento de conformação.