"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina." (Cora Coralina)
terça-feira, 22 de dezembro de 2015
domingo, 13 de dezembro de 2015
Ética X Moral
Ética
A ética é a parte da filosofia que estuda a
moral, isto é, que conjetura sobre as regras morais. As reflexões sobre ética
podem inclusive contestar as regras morais vigentes, compreendendo-as como
ultrapassadas, por exemplo.
Moral
A moral engloba as regras que temos de seguir para viver em sociedade, regras estas criadas pela própria sociedade. Quem segue estas regras é uma pessoa moral; quem não, uma pessoa imoral.
Exemplificando
Ética é aquilo que você não faz independente se
alguém está vendo ou não, são seus princípios que estão em jogo, já moral é
aquilo que você não faz na frente dos outros, por medo de ser julgado.
Gustavo Bernardo, conta um exemplo famoso, o
caso de Rosa Parks, a costureira negra que, em 1955, na cidade de Montgomery,
no Alabama, nos Estados Unidos, desobedeceu à regra existente de que a maioria
dos lugares dos ônibus era reservado para pessoas brancas. Já com certa idade,
farta daquela humilhação moralmente oficial, Rosa se recusou a levantar para um
branco sentar. O motorista chamou a polícia, que prendeu a mulher e a multou em
dez dólares. O acontecimento provocou um movimento nacional de boicote aos
ônibus e foi a gota d’água de que precisava o jovem pastor Martin Luther King
para liderar a luta pela igualdade dos direitos civis.
No ponto de vista dos brancos racistas, Rosa foi
imoral, e eles estavam certos quanto a isso. Na verdade, a regra moral vigente
é que estava errada, a moral é que era estúpida. A partir da sua reflexão ética
a respeito, Rosa pôde deliberada e publicamente desobedecer àquela regra moral.
sábado, 12 de dezembro de 2015
DISTORÇÃO DO PENSAMENTO
As distorções do pensamento são disfunções que acontecem no processamento das informações, ao tentar se adaptar aos esquemas negativistas. São erros que reforçam a crença do paciente em seus conceitos depressivos.
Mas para entender melhor as
distorções, vamos às definições de pensamento que segundo Velloso (VELLOSO,
2001) é como o “trabalho mental que emprega os materiais coletados pela
atenção, percepção, memória e consciência, organiza por meio das associações e
da imaginação, influenciado pela inteligência e pela afetividade, com o
objetivo de ajustar-se à realidade”. Já Nobre de Melo (MELO, 1979) define o
processo do pensar como o estabelecimento de integrações significativas
dirigida a objetos e estados de fatos e que é o pensar que produz o conteúdo do
pensamento.
Para
Beck (Beck, 1997) as distorções do pensamento podem ser representadas como Filtragem, Pensamento polarizado,
Generalização, Tirar conclusões precipitadas, Catastrofização, Personalização,
Falácias de controlo, Falácia da justiça, Culpa, Os “deverias”, O raciocínio
emocional, Falácia da mudança, Etiquetagem generalizada e Estar sempre certo.
Filtragem
Dificuldade
de enxergar o tanto o lado positivo quanto o negativo das experiências. Tem uma
visão de realidade distorcida.
Pensamento polarizado
Não
há meio termo ou é tudo ou nada, temos que ser perfeitos ou seremos uns
falhados. Como este pensamento não tem meio termo, as argumentação, julgamento
e concepções tem termos absolutos, não há alternativas.
Generalização
Chega
à conclusão baseada em um único incidente ou elemento de prova. Se algo de ruim
acontece uma vez, irão acontecer mais vezes. Utiliza um único evento
desagradável como um padrão de derrota sem fim.
Tirar conclusões precipitadas
Sem
que os outros nos informem, acredita-se saber o que elas estão sentindo e
porque agem de determinada forma. As conclusões podem ser tiradas através de
uma leitura mental, acreditar ter acesso aos pensamentos de outra pessoa ou
Leitura do futuro, criando expectativas de como as coisas vão acontecer.
Catastrofização
Espera-se
que uma catástrofe aconteça, independentemente da razão, tem incapacidade de
prever outra coisa senão o pior ou considerar uma situação como insuportável
quando apenas é uma situação incômoda.
Personalização
Pensa
que tudo o que as pessoas fazem ou dizem está
relacionado a ela. Utiliza-se da comparação com os outros, tentando determinar
quem é mais inteligente, mais bonito etc.
Falácias de controle
Senti-se controlado por fatores externos, se vê como uma vítima
impotente do destino.
Falácia da justiça
Tem um sentimento de ressentido porque acredita que sabe o que é
a justiça ou o que é justo, mas as outras pessoas normalmente
não concordam.
Culpa
Por vezes atribui a responsabilidade por sua dor á
pessoa, ou então dirige a culpa dos problemas para si mesmo. Por exemplo,
dizendo coisas do tipo: “Pare de fazer-me sentir mal comigo mesmo!”.
Os “deverias”
Muitos têm uma lista de regras rígidas sobre os outros
e acerca da forma como devemos comportar-nos. A consequência emocional é o sentimento de culpa.
Quando se dirige afirmações de dever em relação aos outros,
muitas vezes tem raiva, frustração e ressentimento, e o mesmo pode acontecer
quando se dirige esse tipo de afirmações a si mesmo.
O raciocínio emocional
Acredita que tudo o que sente deve ser automaticamente verdade. Sentindo-se
estúpido e aborrecido, então tem que ser estúpido e enfadonho.
Falácia da mudança
Espera que os outros mudem para se adequarem a ele.. Acredita
que as pessoas precisam, porque as esperanças de felicidade parecem
depender inteiramente delas.
Etiquetagem generalizada
Generalizar uma ou duas qualidades num julgamento negativo
global. Estas são formas extremas de generalizar, e também são referidos como
“rotulagem”. Ao invés de descrever um erro no contexto de uma situação
específica, se anexa um rótulo prejudicial para si mesmo.
Estar sempre certo
Tentar constantemente provar que as nossas opiniões e ações são
corretas. Estar errado é impensável e fará o que for necessário para
demonstrar que esta certa.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
Criatividade Inteligente Vs Inteligência Criativa
É muito frequente a criatividade e a inteligência se confundirem, substituindo-se mutuamente, porém são construtos diferentes.
Desde muito cedo a inteligência e a criatividade se confundiram, visto que envolvem processos cognitivos elementares muito semelhantes. Ainda hoje a inteligência e a criatividade são confundidas, porém existem investigadores que demonstram as diferenças.
Os testes de Inteligência não possuem correlação direta com os testes de criatividade. Isto só por si, em termos teóricos e psicométricos pode demostrar a independência, contudo investigadores defendem como são constituídos por processos cognitivos semelhantes, têm de ser semelhantes.
Quer a inteligência, quer a criatividade são conceitos complexos e de difícil definição. Mas pode-se fazer uma distinção clara entre a inteligência e a criatividade:
A inteligência é a capacidade de organizar as informações, fazer comparações, formular conceitos, planear, compreender ideias e linguagens. A esta se deve a capacidade incrível de aprender com a experiencia, nossa e dos outros.
A criatividade é o processo que resulta um “produto novo”, uma nova ideia. Ser criativo implica romper padrões de pensamento, implica sensibilidade a lacunas de conhecimento. Esta implica uma solução “nova”.
Enquanto a inteligência pondera quais dos caminhos conhecidos será o mais eficiente para o destino, relacionando e equacionando todos os elementos existentes. A criatividade cria um novo caminho ou uma combinação nova dos caminhos já existentes.
Os nossos antepassados na pré-historia aquecendo-se com peles de animais. Enquanto a inteligência tinha por objetivo construir o “casaco” e o abrigo perfeito. A criatividade inventou o fogo.
Como é óbvio na resolução de um problema ambos os processos interferem e são igualmente importantes. Nesse sentido são semelhantes, fazendo parte de um único momento.
Einstein já os relacionava: A criatividade é a Inteligência, divertindo-se.
Investigadores defendem que a educação atual pode fazer indivíduos muito inteligentes porém pouco criativos. Já que na maioria dos casos a educação visa, reponde-mos dentro do “formato” esperado e previamente construído. Uma resposta completamente nova é repudiada, ignorada e posta em causa. Tal como aconteceu com muitas das novas ideias.
A evolução tecnológica deve-se quer à inteligência, quer à criatividade. Mas enquanto a inteligência é responsável por progressos graduais, a criatividade é responsável por saltos na evolução. Neste aspeto como se a inteligência se focasse essencialmente no aperfeiçoamento e melhoramento das ideias que já existem, enquanto a criatividade centra-se em criar novas ideias. No entanto muitas vezes é possível aperfeiçoar ideias já existentes, substituindo as ideias adjacentes por novas.
A criatividade foi responsável pelo telemóvel, uma necessidade que atualmente dificilmente abdicamos. O telemóvel veio reformular muitos dos nossos conceitos e formas de interpretar a realidade. Já a inteligência é responsável por aperfeiçoar a tecnologia, progressiva e gradualmente.
Todos os profissionais têm de passar por problemas e nesse momento, ambos os processos são necessários. Dependendo da atividade e do problema é mais utilizado um processo que outro.
Visto a inteligência ser mais fácil “educada” e mais consistente, na educação atual é mais valorizada. Enquanto a criatividade é algo mais espontâneo e inconsistente, porém existem formas de educar e otimizar este processo, mas são negligenciadas e inibidas.
E você, é um Inteligente Criativo ou um Criativo Inteligente?
Fonte: Psicologia free
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO
Sensação
Para experimentar o
mundo exterior, devemos detectar a energia física do ambienta e codifica-la
como sinais nervosos (...) Myers, 2006
Percepção
A percepção ocorre
a medida que os objetos ambientais fornecem a estrutura do meio informacional
que finalmente atinge os receptores sensoriais, levando a identificação interna
dos objetos.
O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu (Stop Motion) |
terça-feira, 8 de dezembro de 2015
Atenção e Memória
ATENÇÃO
A
atenção pode ser definida como a capacidade de se organizar e processar
ativamente uma quantidade limitada de informações, dentre as diversas
disponíveis aos sentidos. Ela diz respeito à habilidade de responder insistentemente
aos estímulos significativos, em detrimento de outros, que podem interferir na
realização de uma tarefa específica. Neste processo estão envolvidas
habilidades de percepção de quais estímulos são recebidos, identificação
daqueles que são pertinentes e descarte dos que não são, organizando, assim, de
forma dinâmica, os processos mentais (Sternberg, 2000).
MEMÓRIA
Meio
pelo qual mantemos e acessamos nossas experiências passadas para usar a
informação no presente. (Tulving e Craik, 2000)
Refere-se
aos mecanismos dinâmicos associados ao armazenamento, retenção e recuperação de
informações sobre experiências passadas. (Bjorklund, Schneider Hernández Blasi,
2003)
Lia Diskin fala sobre cultura de paz nas escolas
"Não queremos uma sala de aula de quietinhos, pelo contrário, queremos que o aluno se sinta confiante para se expressar", Lia Diskin
Lia Diskin, cofundadora da Associação Palas Athena, explica como a promoção da cultura de paz pode melhorar o ambiente escolar. "Não queremos uma sala de aula de quietinhos, pelo contrário, queremos que o aluno se sinta confiante para se autoexpressar", esclarece Diskin. Ela fala sobre a importância de inserirmos nas escolas - o que ela chama de - as novas tecnologias de convivência. "Precismos qualificar a nossa escuta", ensina.
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